domingo, novembro 17

O ex-ministro José Dirceu acionou o Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira 17 a fim de reforçar seu pedido para que a Corte declare a suspeição do ex-juiz Sergio Moro em dois processos, sob o argumento de que eles foram concebidos para acusar e condenar o presidente Lula (PT).

A solicitação ocorre no âmbito do habeas corpus em que a Corte reconheceu, em 2021, que Moro era suspeito para julgar os casos contra Lula.

Dirceu protocolou em 12 de janeiro o pedido original de extensão em seu benefício daquela decisão. Nesta quarta, ele incrementou a demanda com novos fatos que representam mais uma leva de notícias negativas para Moro, como a decisão do ministro Dias Toffoli de abrir um inquérito para apurar as acusações do ex-deputado paranaense Tony Garcia.

O ex-ministro também acrescenta à petição uma postagem nas redes sociais em que Garcia diz ter sido obrigado por Moro e procuradores do Ministério Público Federal a conceder uma entrevista à revista Veja, em 2005, “com acusações forjadas por eles imputando culpa a José Dirceu”.

Por fim, ele incluiu na peça uma notícia, publicada na terça 16, com diálogos mantidos por procuradores da Lava Jato no Telegram. As conversas tratam da articulação para denunciar Camila Ramos de Oliveira e Silva, filha de Dirceu.

Os diálogos dos procuradores contém expressões como “o homem vai ficar puto”, em referência a Dirceu, e “paus nela”.

“Os fatos recentemente publicados na imprensa, portanto, robustecem a suspeição do ex-magistrado Sérgio Fernando Moro em relação a José Dirceu, razão pela qual requer sejam considerados parte integrante do arrazoado
inicial”, pede a defesa do petista. O relator do pedido é o ministro Gilmar Mendes.

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