Alexander Novak disse que a venda do produto para a Europa caiu em aproximadamente 50%
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, disse nesta quarta-feira, 27, que 90% das exportações do petróleo russo tiveram a China e a Índia como destino. Já as vendas para a Europa caíram de cerca de 45% para aproximadamente 5%.
Novak é encarregado do setor de energia do país. Ele informou à Rossiya-24, TV estatal, que a Rússia conseguiu contornar com sucesso as sanções sobre seu petróleo, desviando os fluxos dos países europeus para a China e para a Índia, que, juntas, somam cerca de 90% de suas exportações de petróleo bruto.
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As negociações entre os países orientais se estreitaram ainda mais com a resposta de Moscou às sanções econômicas impostas pelos países ocidentais.
O país enfrenta bloqueios dos países do Ocidente por causa da guerra na Ucrânia, que teve início em 2022. Em dezembro do mesmo ano, as nações da União Europeia e do G7 (Alemanha, Canadá, França, Estados Unidos, Itália, Japão e Reino Unido) estabeleceram um teto de preço para o barril de petróleo russo.
Em entrevista, Novak disse que “o complexo energético e de petróleo da Rússia se desenvolveu com sucesso em 2023” e que as restrições “apenas aceleraram o processo de reorientação” das exportações do país.
“Os principais parceiros na atuação situação são a China, cuja cota cresceu para aproximadamente 45%-50% e a Índia”, disse. “Anteriormente, basicamente não havia fornecimentos à Índia. Em dois anos, a cota total de fornecimentos para o país chegou a 40%.”
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De acordo com o vice-premiê, a Rússia já havia começado anteriormente a estabelecer negociações com os países da Ásia e do Pacífico antes dos bloqueios. Ele afirmou também que países da África e América Latina têm interesse em comprar a commodity da Rússia.
A expectativa do Kremlin é que haja uma receita com petróleo e gás em 2023 de US$ 98 bilhões. Segundo Novak, o valor se aproximaria da receita registrada em 2021, um ano antes do conflito entre Rússia e Ucrânia.
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