Saúde
Publicado em: 11/12/2023Última atualização: 11/12/2023
Publicado em: 11/12/2023Última atualização: 11/12/2023
Uma parte muito importante na estrutura dos olhos é a conjuntiva. Ela consiste em uma membrana fina e imperceptível que cobre a parte branca, chamada de esclera, e também o interior das pálpebras.
Sua função é manter a lubrificação dos olhos, permitindo que as pálpebras se abram e fechem normalmente. Ela também protege a região contra agentes externos, como a poeira, evitando que alcancem outras camadas dos olhos.
Algumas doenças podem acometer a conjuntiva, comprometendo a saúde ocular, e a conjuntivite é uma das mais comuns. Ela é dividida em alguns tipos, possui diferentes causas e pode surgir em pessoas de todas as idades.
Neste artigo, você entenderá mais sobre essa patologia, é só continuar a leitura.
Índice — Neste artigo você verá:
- O que é conjuntivite?
- Tipos e causas
- Contágio e prevenção
- Principais sintomas
- Formas de tratamento
O que é conjuntivite?
A conjuntivite consiste na inflamação da conjuntiva, estrutura presente nos olhos. Essa inflamação causa alguns sintomas específicos, como irritação e lacrimejamento.
É comum que os olhos também fiquem com um aspecto avermelhado, o que torna a condição fácil de ser percebida. Isso ocorre porque a conjuntiva possui diversos vasos sanguíneos que se destacam durante a inflamação.
Com duração de alguns dias, a conjuntivite pode ser altamente contagiosa, dependendo da sua causa. Por isso, é necessário buscar uma orientação médica para que a origem seja compreendida e as instruções possam ser passadas quanto à melhor forma de proteger outras pessoas.
Tipos e causas
São três os principais tipos de conjuntivite: viral, bacteriana e alérgica, sendo os dois primeiros os mais comuns. Eles são separados de acordo com suas causas.
Viral
A maioria dos casos de conjuntivite são originados por vírus, sendo eles geralmente de uma família chamada Adenovírus. O contágio pode ocorrer de forma muito fácil, o que abre espaço para surgirem surtos epidêmicos.
Em alguns casos, os pacientes com esse tipo de conjuntivite podem também apresentar outras manifestações virais, como os resfriados comuns.
Após o contato com o vírus, ainda pode levar algum tempo até que os sintomas surjam, já que o período de incubação vai de 5 a 12 dias, aproximadamente.
A condição é autolimitada e tende a se curar sozinha, mas em alguns casos, pode ser recomendado o uso de colírios.
Bacteriana
São inúmeras as bactérias que podem causar a conjuntivite bacteriana. Algumas delas são: Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus spp e Moraxella catarrhalis.
Ela geralmente se parece muito com o tipo viral e também é transmissível. É importante diferenciá-las para que o tratamento adequado possa ser indicado, já que ela é tratada com antibióticos.
Alérgica
A conjuntivite alérgica é originada a partir do contato com algum agente que provoca a reação no corpo.
Quem possui predisposição para esse tipo de conjuntivite pode vivenciar episódios recorrentes. Além disso, também é comum acometer pessoas com históricos de outras condições alérgicas, como rinite, que inclusive podem se manifestar em conjunto.
A conjuntivite alérgica pode ser aguda (por reação a algum alérgeno específico), sazonal (como durante a primavera) ou perene (causada por ácaros, poeira ou outras substâncias não sazonais).
Leia mais: Tremor nas pálpebras: quais as causas? É perigoso?
Contágio e prevenção
Os tipos de conjuntivite que são contagiosas são a viral e a bacteriana. Elas podem ser passadas facilmente a partir do contato com alguém doente.
O vírus ou a bactéria pode estar presente nas mãos após tocar os olhos, em toalhas, travesseiros, maquiagens e outros objetos de uso pessoal. Então, é importante evitar compartilhá-los, especialmente se há o diagnóstico da condição.
Deve-se também manter as mãos sempre higienizadas, assim como todo o ambiente no qual a pessoa com conjuntivite está inserida. Contato próximo, como abraços e beijos, também devem ser evitados.
Pessoas que utilizam lentes de contato devem dar atenção aos cuidados com elas, já que as chances de surgir a inflamação podem ser aumentadas neste caso. Isso porque as lentes podem acumular bactérias, vírus e substâncias alérgicas, o que possibilita o surgimento da conjuntivite.
O contágio também pode ocorrer pelo contato em piscinas, e por isso elas também devem ser evitadas por quem apresenta sintomas relacionados. A própria água presente nela, que possui cloro e outras substâncias, pode irritar os olhos ou ocasionar uma reação alérgica.
Então, o recomendado é utilizar óculos de natação e lavar os olhos depois do banho de piscina utilizando água limpa.
Principais sintomas
Alguns dos sintomas que caracterizam um quadro de conjuntivite são:
- Lacrimejamento;
- Coceira;
- Irritação;
- Sensação de areia nos olhos;
- Vermelhidão
- Dor;
- Sensibilidade ao se expor no sol;
- Inchaço na pálpebra;
- Secreção, que pode ser aquosa ou viscosa.
O excesso de secreção pode ainda formar uma crosta sobre os olhos, especialmente durante o tempo de sono. A visão pode ser atrapalhada momentaneamente em consequência disso, mas em geral, a conjuntivite não a coloca em risco.
Leia mais: Colírio para olho seco: quando usar e quais são os tipos?
Formas de tratamento
O tratamento da conjuntivite pode envolver o uso de colírios ou medicamentos de via oral, a depender da origem, como anti-histamínicos, antibióticos e corticoides.
É importante que a pessoa diagnosticada com conjuntivite mantenha as mãos sempre limpas, evite tocar ou coçar os olhos e utilize colírios apenas se houver orientação de um especialista. O mesmo vale para o uso de outros medicamentos.
A conjuntivite é uma condição relativamente comum que pode ser facilmente tratada. Porém, é indispensável a consulta com um(a) médico(a) oftalmologista, que é o profissional que pode diagnosticar cada caso e orientar da melhor forma.
Mais conteúdos como esse você encontra navegando pelo portal do Minuto Saudável.