O governo federal identificou convocatórias em diferentes estados para atos da extrema-direita no dia 8 de Janeiro, data que marca o 1º ano da tentativa de golpe no Brasil. As convocações foram feitas nas redes sociais e são monitoradas pelo Ministério da Justiça.
A informação da identificação dos atos em todos os estados foi confirmada pela pasta ao jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, porém, não há nenhum movimento ‘com fôlego’ identificado até o momento.
“Não tem nenhum sinal objetivo de que há algo consistente que ocorrerá no dia 8 de janeiro. Mas nós não podemos nos fiar nisso. Eu acho que todos aprendemos que qualquer cautela não é excessiva, é sempre adequada”, disse o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, ao jornal.
A maior preocupação, destaca a Folha, são os atos no entorno de Brasília. Na capital federal, o governo e os chefes dos demais Poderes pretendem realizar um ato simbólico em defesa da democracia. A previsão é de uma cerimônia no plenário do Senado Federal com a presença do presidente Lula (PT) e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O ministro Luís Roberto Barroso, que comanda o Supremo Tribunal Federal, também deve estar presente.
Apesar das convocações identificadas, não há previsão de fechamento da Esplanada dos Ministérios, nem do entorno do local da cerimônia. A segurança, porém, será reforçada. Cada polícia envolvida na operação assinará, inclusive, um termo de compromisso que enumera a sua responsabilidade no ato.
Sandro Avelar, atual secretário de Segurança do Distrito Federal, reforça ao jornal a informação sobre o pouco fôlego das convocatórias extremistas para o dia. Ele alega, ainda, que em caso de mudanças, um fechamento da Esplanada dos Ministérios está programado.
“Estamos monitorando as redes, não há, por enquanto, indicativos de manifestações com grande volume de pessoas. De qualquer sorte, estamos nos antecipando, envolvendo as corporações do DF e as federais, com troca de informações de inteligência e planejamento operacional conjunto.”