segunda-feira, novembro 11

Política

COP16 é suspensa após fracasso nas negociações sobre financiamento para salvar a natureza

A falta de quórum motivou a suspensão após 12 dias de discussões para aumentar os gastos globais na proteção da natureza

Por Carta Capital 02.11.2024 13h32 | Atualizado há 5 horas

David Cooper (C-L), Secretário Executivo da COP16, e a Ministra do Meio Ambiente da Colômbia e Presidente da COP16, Susana Muhamad (CR) participam da última sessão plenária da Cúpula da COP16 em Cali, Colômbia, em 2 de novembro de 2024. Foto: JOAQUIN SARMIENTO / AFP

A COP16 terminou neste sábado 2 após a suspensão depois de infrutíferas negociações sobre o financiamento de um plano para salvar a natureza. As discussões foram encerradas nesta manhã pela presidente colombiana da cúpula das Nações Unidas, Susana Muhamad, sob a justificativa de perda de quórum de delegados.

“Acabou (…) O governo colombiano empenhou grandes esforços, mobilizou toda sua capacidade, o povo da Colômbia investiu tudo, havia um ambiente muito bom, mas no final depende das partes e do processo de negociação”, disse a também ministra do Meio Ambiente da Colômbia à AFP.

A reunião tinha como objetivo potencializar os esforços do mundo em ações que interrompam as mudanças climáticas e a devastação ambiental causados pela ação humano. A discussão central debateu como alcançar até 2030 o objetivo de aumentar os gastos globais para salvar a natureza para US$ 200 bilhões por ano.

No entanto, após 12 dias de debates, a presidente não conseguiu com que os países emergentes e em desenvolvimento chegassem a um consenso sobre o tema. Apesar do resultado, Susana comemorou ter obtido a adoção de um estatuto reforçado para os povos indígenas na COP da Biodiversidade e a implementação de um fundo multilateral.

No dia 29, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu que os povos tradicionais devem ter acesso a recursos que remunerem a proteção da biodiversidade do planeta, nos termos da implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica. Segundo a ministra, a exploração de produtos do patrimônio natural e dos conhecimentos tradicionais associados deve ser repartida de forma justa.

Carta Capital

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