Resumindo a Notícia
Uma mulher de 60 anos foi expulsa de um hospital no estado do Tennessee, nos Estados Unidos, e acabou morrendo. Lisa Edwards deu entrada no Fort Sanders Regional Medical Center com dores, no dia 5 de fevereiro, mas recebeu alta médica mesmo com os sintomas persistindo.
Temendo por sua saúde, Lisa se recusou a sair, alegando que ainda se sentia mal. Assim, a equipe do hospital decidiu acionar a polícia. Os oficiais chegaram momentos depois, ameaçando prender a mulher caso ela não deixasse o recinto.
Através das imagens gravadas pelas câmeras nas fardas dos oficiais da cidade de Knoxville, onde tudo aconteceu, é possível ver Lisa implorando para que a ajudassem, afirmando que não conseguia respirar e que estava impossibilitada de andar. Os policiais ignoram todas as queixas e levam a senhora para fora do hospital, em uma cadeira de rodas.
A mulher tenta explicar que já teve um derrame em 2019, e por isso sua saúde está fragilizada. “Eu quebrei o tornozelo e já tive um derrame, não consigo levantar”, ela conta nas filmagens, “Eu não tenho nada a ver com isso. Você precisa sair daqui”, responde um dos policiais.
Lisa estava na viatura indo em direção à delegacia, para ser autuada por invasão de propriedade, quando parou de reagir. A estranheza da mudança de comportamento fez com que as autoridades a levassem de volta para o hospital, onde ela foi examinada e acabou morrendo momentos depois.
O vídeo da ação da polícia foi compartilhado diversas vezes no Twitter, e os internautas pedem por justiça, revoltados com a situação.
This woman presented to the hospital with stroke and a broken ankle.
The hospital discharged her because she didn’t have insurance and called the police on her.
These are the last images of her alive. She died in the pigs’ van.
May she rest in peace. pic.twitter.com/c1TZg62kfY
— ☭ᴅᴀᴠɪᴅ ᴛʜᴇ ᴇxᴍᴏ ᴄᴏᴍᴍᴜɴɪꜱᴛ
(@SLCSocialist) February 26, 2023
Em especulação, os usuários ainda afirmam que a idosa provavelmente não tinha convênio, o que explicaria um tratamento tão hostil por parte das autoridades. Nos Estados Unidos, em geral, os atendimentos médicos são todos pagos.
Em entrevista para a Wate 6, filial de Knoxville da rede ABC, a família de Lisa Edwards expressou revolta. “Se eu tratasse alguém do jeito que eles a trataram, eu estaria na prisão agora”, disse Tim Boylan, filho da vítima.
“Você não precisa ser um profissional médico para saber quais são os sinais de um derrame. E você pode ver isso nela, sabe, do começo ao fim. Seu discurso muda completamente do início ao fim. Ela está lutando para respirar. Isso não é alguém fingindo. Ela avisou que estava morrendo, que estava tendo um derrame”, lamentou August Boylan, enfermeira formada e nora de Lisa.
Por enquanto, o escritório do promotor da cidade divulgou que nenhuma acusação foi feita contra os policiais envolvidos na situação, porém, a Polícia de Knoxville disse que uma investigação administrativa interna estava em andamento para os quatro oficiais envolvidos quando o vídeo foi divulgado.
Ainda não se tem informação sobre o que acontecerá com as instituições médicas relacionadas ao caso.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.
