O influenciador fitness Renato Cariani, de 47 anos, disse que esta terça-feira (12), quando soube que era alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de tráfico de drogas, foi “um dos piores dias” de sua vida, mas está “tranquilo” em relação ao caso. As declarações foram publicadas em seu perfil no Instagram.
Cariani é professor de química e de educação física, atleta profissional, empresário, youtuber e influenciador digital — acumula mais de 13 milhões de seguidores nas redes sociais. Ainda é sócio da empresa Anidrol Química, localizada em Diadema, na Grande São Paulo, foco das investigações da PF.
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Em um vídeo publicado na internet, o influenciador contou que teve uma noite muito difícil, mas está tranquilo sobre o ocorrido, e ele e sua família estão bem.
“Ontem foi ontem e hoje é hoje. Então eu acordei e falei o seguinte: ‘Eu vou fazer o meu dia como tem que ser. Cheio de energia, força e coragem’. Afinal de contas, eu sei a pessoa que eu sou, eu sei o trabalho que eu faço, eu sei a luta que eu tenho todos os dias para construir a minha história, a minha jornada, para construir as minhas empresas, então isso não vai me derrubar”, afirma.
Processo
Renato Cariani afirmou que ainda não teve acesso ao processo.
“O que eu estou sabendo é o que vocês ficam sabendo aí através das mídias, dos portais, dos canais. Infelizmente, eu ainda não tive acesso. Espero que amanhã, de verdade e de coração, meus advogados tenham e eu possa entender o que está acontecendo”, disse ele em uma rede social.
Operação Hinsberg
A Operação Hinsberg desarticulou, nesta terça-feira (12), um esquema que teria desviado 12 toneladas de produtos químicos para a produção de cocaína e crack.
Entre as drogas encontradas estão grandes quantidades de fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila — o suficiente para preparar mais de 19 toneladas de entorpecentes prontos para consumo.
Já foram identificadas 60 transações vinculadas à atuação da organização criminosa.
As investigações revelam que o esquema abrangia ainda a emissão de notas fiscais falsas para vender produtos químicos em São Paulo, com o uso de contas de “laranjas” — pessoas que emprestam seu nome a alguém para ocultar bens de origem ilícita ou incerta — e depósitos em espécie.
Os envolvidos também utilizavam diversos meios para ocultar a procedência ilícita dos valores recebidos, como empresas de fachada.
A PF informou que mais de 70 agentes cumpriram 18 mandados de busca e apreensão em São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, Diadema, Praia Grande, Guarujá, Curitiba e Rubim (MG). No esquema, ainda há endereços situados no Paraná.
Os suspeitos vão responder por crimes de tráfico de drogas, associação para fins de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem ultrapassar 35 anos de reclusão — mas a Justiça brasileira limita a pena a 30 anos.
Bolos de dinheiro e sacos de pó branco: veja o que a PF apreendeu em ação ligada a Renato Cariani