O Congresso Nacional rejeitou nesta terça-feira 19 uma emenda apresentada pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) para derrubar a meta de déficit fiscal zero em 2024, defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
Se fosse aprovada, a medida poderia alterar a meta para um déficit de cerca de 115 bilhões de reais.
Não houve votação nominal sobre o dispositivo, mas alguns deputados fizeram questão de declarar o voto contra a meta de Haddad. Entre eles, há representantes do PT, como Lindbergh Farias (RJ) e Bohn Gass (RS); do PCdoB, como Jandira Feghali (RJ), Renildo Calheiros (PE) e Daniel Almeida (BA); e do PSOL, a exemplo de Pastor Henrique Vieira (RJ), Tarcísio Motta (RJ) e Chico Alencar (RJ), além do próprio Boulos.
A emenda foi apresentada para mudar um trecho do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024, que estipula as regras para o Orçamento da União. O texto, porém, foi aprovado com a previsão de zerar o rombo nas contas públicas, em linha com o arcabouço fiscal.
Vice-líder do governo Lula (PT) no Congresso, Lindbergh Farias disse a CartaCapital em novembro avaliar a meta como uma “loucura”.
“Esse pessoal que faz o discurso de déficit primário zero, de contigenciamento de obras e de investimentos, está atirando contra o governo do nosso presidente Lula, que tem de dar certo”, afirmou, na ocasião.