Militares da reserva abriram uma vaquinha para ajudar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
A arrecadação serviria para supostamente bancar 600 mil reais em dívidas de Cid. A esposa dele, Gabriela Cid, também é citada pelos apoiadores. A informação sobre a campanha foi revelada nesta segunda-feira 2 pelo jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.
“O coronel Cid está precisando de nossa ajuda humanitária, já vendeu quase tudo que possuía”, diz um trecho do texto da vaquinha, seguido das chaves bancárias de Cid e Gabriela. O material circula em grupos de militares no WhatsApp.
O texto, assinado pela União Nacional dos Militares da Reserva e Reformados das Forças Armadas e Auxiliares do Brasil, ainda afirma que a dívida inclui despesas com advogados e medicamentos, além de mencionar o “martírio” de Cid.
Mauro Cid chegou a ficar preso de maio a setembro de 2023, acusado de fraudar dados de vacinação contra a Covid-19. Ele foi solto depois de o ministro do Supremo Tribunal federal Alexandre de Moraes homologar a delação premiada firmada com a Polícia Federal.
Desde então, Cid cumpre prisão domiciliar, usa tornozeleira eletrônica e segue afastado de seu cargo no Exército. Ele mantém, contudo, um salário de 27 mil reais como oficial superior.