Mundo
‘Pressionou a ditadura brasileira pela libertação de presos políticos’, diz Lula sobre Jimmy Carter
O ex-presidente dos EUA morreu neste domingo 29, aos 100 anos
Por CartaCapital 29.12.2024 19h45 | Atualizado há 1 horas
O ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, em 2012. Foto: Thony Belizaire/AFP
O presidente Lula (PT) lamentou a morte do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, neste domingo 29, aos 100 anos. Diagnosticado com câncer cerebral em 2015, ele recebia cuidados paliativos em casa desde fevereiro de 2023.
Em uma mensagem publicada nas redes sociais, o petista se referiu a Carter como “um amante da democracia e defensor da paz”. O democrata comandou os Estados Unidos entre 1977 e 1981.
“No fim dos anos 70, pressionou a ditadura brasileira pela libertação de presos políticos. Depois, como ex-presidente, continuou militando pela promoção dos direitos humanos, pela paz e pela erradicação de doenças na África e na América Latina”, escreveu. “Carter conseguiu a façanha de ter um trabalho como ex-presidente, ao longo de décadas, tão ou mais importante que o seu mandato na Casa Branca.”
Lula enfatizou que Carter criticou “ações militares unilaterais de superpotências e o uso de drones assassinos”, além de trabalhar com o Brasil na mediação de conflitos na Venezuela e na ajuda ao Haiti.
“Criou o Centro Carter, uma referência mundial em democracia, direitos humanos e diálogo. Será lembrado para sempre como um nome que defendeu que a paz é a mais importante condição para o desenvolvimento.”
Chip Carter, filho do ex-presidente, afirmou neste domingo que seu pai era um herói para “todos os que acreditam na paz, nos direitos humanos e no amor altruísta”. Ele morreu “pacificamente, rodeado por sua família”, disse o Centro Carter em um comunicado.
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