A história de Ettore Majorana, o físico cujo destino permanece um enigma, é tão fascinante quanto misteriosa.
Em 1938, este cientista deixou uma série de mensagens enigmáticas antes de desaparecer sem deixar vestígios.
Seu desaparecimento gerou inúmeras teorias: de uma possível suicídio dominado por potencial destrutivo de suas descobertas, aos rumores de que ele vivia secretamente como mendigo ou monge.
Ettore Majorana: O gênio desaparecido
Nascido em 1905 na Sicília, Ettore Majorana fazia parte de uma família rica e desde muito jovem mostrou seu talento para a matemática.
Seu caminho o levou a estudar física em Romasob a tutela de Enrico Fermi, outro renomado cientista.
Majorana se destacou no estudo de física nuclear e de partículase é conhecido por sua teoria sobre a existência de nêutrons e pela partícula que leva seu nome, que é capaz deautodestruição, pois é matéria e antimatéria.
No entanto, em março de 1938, Majorana sacou uma grande quantia em dinheiro, comprou uma passagem para Nápoles e enviou diversas mensagens desconcertantes e então nunca mais ser visto.
Um desaparecimento enigmático
Uma das mensagens, dirigida a Carrelli, diretor do Instituto de Física da Universidade de Nápolesindicava uma decisão “inevitável” e um desaparecimento iminente.
“Tomei uma decisão inevitável. Não há egoísmo nela. Mas sei que meu desaparecimento inesperado será um inconveniente para você e para os alunos. Peço que me perdoe, mais do que tudo, por ter deixado a confiança de lado.amizade sincera e generosidade que ele me demonstrou”, pode-se ler na carta.
Outra carta, encontrada em seu quarto de hotel, pedia aos seus entes queridos que não usassem roupas de luto por mais de três dias.
Claro, o as teorias sobre seu desaparecimento são variadas. Alguns acreditam que Majorana cometeu suicídio, preocupado com as implicações do seu trabalho no desenvolvimento de armas nucleares.
Outros sugerem que pode ter havidor fugiu para a América do Sul ou viveu confinado em um Mosteiro italiano. Há também quem acredite que se tornou um morador de rua.
Um mistério que continua até hoje
A verdade é que o A busca por respostas para o seu desaparecimento e o estudo da quasipartícula de Majorana continuam até hoje.
Alguns pesquisadores, como Francesco Guerra e Nadia Robottipropuseram teorias baseadas em novas evidências, incluindo cartas e documentos que poderiam esclarecer esse mistério, conforme divulgado pela ABC.
A curiosa conexão entre a vida enigmática de Majorana e a partícula indescritível que leva seu nome continua a intrigar a comunidade científica e é um lembrete de que às vezes a vida de um cientista pode ser ainda mais fascinante do que os fenómenos que estuda.