A maioria das startups de tecnologia nascem de alguns primeiros engenheiros que construíram o produto inicial da empresa. À medida que esses primeiros construtores trabalham juntos, eles começam a estabelecer uma cultura de desenvolvedor – às vezes deliberadamente, às vezes não.
No Web Summit em Lisboa, em Novembro, dois fundadores discutiram a importância de construir uma cultura de desenvolvimento que seja distinta da cultura geral de uma empresa.
De acordo com Shensi Ding, cofundador e CEO da Mesclar, uma startup de API unificada, o espírito dos primeiros desenvolvedores é particularmente importante dentro de startups de tecnologia, onde os engenheiros controlam como o produto é construído e o que é priorizado. Ela diz que seu cofundador, CTO Gil Feig, trabalhou para estabelecer um tom positivo desde o início que fortalecesse a equipe.
“Ele realmente nos ensinou desde o início que os engenheiros podem, desde o início, decidir que podemos fazer qualquer coisa. Depende apenas de quanto tempo você deseja alocar para [a particular task]. E nós realmente queríamos incutir isso na cultura dos desenvolvedores desde o início”, disse ela.
Ludmila Pontremolez, CTO e cofundadora da Zíper, uma startup brasileira de fintech, passou um tempo como engenheiro na Square antes de lançar a Zippi. Ela queria criar uma atmosfera focada na equipe: independentemente de quem escreveu o código, todos são responsáveis por ele. “Cada erro que todos cometem é responsabilidade de todos”, disse ela. “Quando há algo quebrado na produção, domingo à 1h, provavelmente não é a pessoa que escreveu o código que vai consertar, mas quem está encarregado de cuidar dos servidores naquele momento.”