Fenômeno El Niño, que deixa a América do Sul mais quente e seca, deve continuar até o final do verão
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Cidades | Melissa Venturini*, do R7
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O ano de 2023 foi marcado por altas temperaturas e muitas ondas de calor em todo o Brasil. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o fenômeno foi registrado nove vezes apenas neste ano e bateu diversos recordes de temperatura em várias cidades. Devido a esses e outros fenômenos climáticos atípicos, muitas pessoas começaram a questionar como será o clima em 2024
Edu Garcia/R7 – 15.12.2023
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Em entrevista ao R7, a meteorologista Maria Clara Sassaki, do Climatempo, afirmou que o El Niño — um fenômeno climático intermitente que se origina na região equatorial do oceano Pacífico e, além de alterar o clima em todo o mundo, deixa a América do Sul mais quente e seca — vai continuar até o fim do verão e só depois vai começar a perder força
Reprodução/Inmet
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Sassaki explica que, por conta do El Niño, o verão brasileiro deve ter ondas de calor significativas. “Pelo menos durante o verão ainda podemos ter ondas de calor mais significativas. Depois que o El Niño enfraquecer, elas serão mais discretas”, afirma a meteorologista
Reprodução/Inmet
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Mesmo com o fim do El Niño, a atmosfera demora um tempo para responder às mudanças do oceano, o que pode afetar o outono e o inverno. “Mesmo que a gente tenha uma neutralidade climática durante o outono e o inverno, a atmosfera vai se comportar como se ainda fosse o El Niño, mantendo suas características durante essas duas estações, ou seja, deixando a chuva presa no Sul e enfraquecendo as ondas de frio durante o inverno”, diz Sassaki
Edu Garcia/R7 – 18.05.2023
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Além das ondas de calor, o ano foi marcado por diversos ciclones extratropicais no Sul do país. Em setembro deste ano, o fenômeno atingiu cerca de 70 municípios gaúchos e causou mais de 50 mortes. Devido a rajadas de vento que superaram os 70 km, quase 5.000 pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas
Reprodução/Record TV
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Sassaki explica que os ciclones são eventos climáticos que acontecem o ano todo. A intensidade deles, porém, depende do calor e da umidade, algo que não vai diminuir no próximo ano. “Como ainda teremos calor e umidade, podemos ter, sim, ciclones intensos durante 2024”, finaliza ela
* Sob a supervisão de Fabíola Glenia
Reprodução / Record TV
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