Subornos de R$ 17 milhões teriam sido distribuídos a integrantes do partido do primeiro-ministro japonês
Nesta quinta-feira, 14, quatro ministros do Japão renunciaram aos seus cargos. Os integrantes do governo de Fumio Kishida, primeiro-ministro do país, são acusados de envolvimento no “maior caso de corrupção” do país, em décadas.
Os ministros da Economia e Indústria, Yasutoshi Nishimura, do Interior, Junji Suzuki, e da Agricultura, Ichiro Miyashita, deixaram seus cargos na manhã. O secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, também já anunciou sua renúncia; o cargo dele tem status de ministro.
“Como também foram levantadas várias questões sobre o meu próprio relatório de angariação de fundos políticos, decidi renunciar ao meu cargo”, disse Matsuno. “Para evitar atrasos no processo político, apresentei a minha demissão.”
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Conforme o jornal Folha de S.Paulo, o caso veio à tona quando denúncias de que US$ 3,4 milhões (R$ 17 milhões) em subornos haviam sido pagos para membros do Partido Liberal Democrático (PLD). Representantes da legenda governam o Japão desde meados do século 20.
Depois da revelação do escândalo, pesquisas locais registram que a popularidade de Kishida caiu consideravelmente, para 23%. Trata-se do nível mais baixo desde que ele assumiu o cargo de primeiro-ministro, em outubro de 2021.
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Pela primeira vez desde 2012, o apoio ao PLD ficou abaixo dos 30%. Há 11 anos, o partido voltou ao poder depois de uma breve interrupção em seu domínio na política japonesa.
Possível escândalo dos ministros do Japão é comparado a antigo caso
Segundo a Folha, analistas políticos do país compararam o caso ao escândalo conhecido “Recruit”, ocorrido no final da década de 1980. Na ocasião, alegações de abuso de informação privilegiada levaram o então primeiro-ministro do Japão, Noboru Takeshita, e outros funcionários do governo a renunciarem.
Segundo o portal g1, dentre as acusações, há indícios de que membros do PLD não reportaram adequadamente os próprios fundos políticos.
Diante do escândalo de corrupção, Kishida disse que iria fazer “mudanças” no governo para restabelecer a confiança da população. Em entrevista à agência de notícias Reuters, a promotoria do Japão disse que não comentaria as investigações em andamento.
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